A primazia do capital. A humanidade está experimentando uma “mudança de época”, a Civilização do ter, do negociar, do concorrer, do lucro a qualquer custo, do progresso ilimitado. Os cientistas chegaram a uma conclusão em comum: se nada for feito os seres humanos enfrentarão desafios enormes para sobreviver, e muitos morrerão, é profecia da terra, ela proclama seu grito.
Note-se que já não há jeito de fazer mudanças capazes de acabar com o aquecimento atual que é causado pelas ações humanas, uma quantidade de gases que desequilibram a atmosfera atrapalham a sua função de manter equilibrado o frio e o calor no planeta, (os aumentos globais da concentração de dióxido de carbono, metano e óxido nitroso). Visando um progresso sem fim. Resultado: agressão predatória da natureza, um planeta ameaçado em sua capacidade de gerar, cuidar e renovar a vida.
Vai crescendo em todo mundo a busca de caminhos menos agressivos e poluidores da terra, mas os avanços são quase nada diante da necessidade, e são limitados exatamente porque não se aceita repensar o paradigma dominante, que exige crescimento sem fim da economia voltada para o lucro; este é exatamente o sistema que tem levado a terra ao desequilíbrio em que se encontra.
O aquecimento global aponta o limiar, o portal de entrada de uma nova época para o planeta e para a humanidade, muito mais que uma época de mudanças, a humanidade vive uma mudança de época. Os paradigmas civilizatórios podem cair de ponta cabeça, os humanos terão necessariamente que mudar, por bem ou por mal, por bem, se decidirem antecipar-se “negociar com a natureza”, ou por mal, se seguirem em linha reta. È uma exigência dos novos tempos, a escolha entre a vida e a morte está posta.
Viver neste tempo desafiador exige uma espiritualidade profunda, que renove as raízes divinas da humanidade. Jesus Cristo é o centro de uma história inspirada e atraída pelo Deus da Vida, a quem se ama amando as pessoas.
Para as pessoas e comunidades das Igrejas Cristãs, o cuidado com a criação é parte importante de sua prática, de sua missão, de sua mensagem. O ato criador é um ato de amor, Deus cria porque ama; ainda mais, deu ao ser humano a capacidade de ser cocriador, só o ser humano é capaz de amar e criar. Por isso, a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus (Rm 8, 19.).
Não nos resta mais nada, há não ser Viver o Amor. O Amor Maior.
Fonte de pesquisa: subsídios da campanha da fraternidade de 2011. CNBB.
Autor: Everaldo Miranda.
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