sexta-feira, 22 de abril de 2011

A CAMINHO DA PÁSCOA

          Com a quarta feira de cinzas iniciamos a caminhada rumo à Páscoa do Senhor. São quarenta dias em que somos convidados a celebrar tudo aquilo que o Senhor viveu: sua paixão, morte e ressurreição. A Quaresma é tempo de penitência e conversão. A penitência do tempo quaresmal não seja somente interna e individual, mas também externa e social (SC.110). Nossa conversão deve se transformar em gestos concretos: esmola, oração e jejum, sem visar a autopromoção.
         A esmola é um ato de solidariedade e partilha em favor daqueles que sofrem alguma necessidade. Por isso devemos abrir os olhos para ver a realidade a nossa volta e a estender as mãos para os pobres, não só de bens materiais, mas também os pobres de bens espirituais.
          A oração, como ensina o Catecismo da Igreja é a” elevação da mente a Deus”. Dessa forma é possível permanecermos em oração até mesmo enquanto realizamos nossas atividades diariamente. “Nas nossas orações, não multipliqueis as palavras, como fazem os pagãos que julgam que serão ouvidos à força de palavras” (Mt 6, 7). Devemos ser discretos nas manifestações de nossa piedade, evitando gestos ou palavras que ponham em destaque nossa própria pessoa.
         O jejum nos ajuda a exercitar nosso autodomínio e a renúncia aos apelos do consumismo. Privando-nos de algo que gostamos, entramos em comunhão com aqueles que são privados dos bens fundamentais para uma vida digna. Vivenciando estas práticas, não somente neste tempo quaresmal como também em toda caminhada temporal, estaremos em maior intimidade com nosso Senhor.
          O centro de nossa fé é o Mistério Pascal, viver bem a Semana Santa é deixar-se envolver por todas as dimensões deste mistério. Cristo manifestou todo o seu amor pela humanidade e esse amor foi provado na cruz: “Não há Amor Maior do que aquele que dá a sua vida pelos irmãos” (Jo 15, 13). Cristo nos ama incondicionalmente, portanto nossa resposta a esse amor, não pode apenas nos sensibilizar com o sofrimento de Cristo, mas oferecer nossa vida trabalhando na construção do Seu reino, no anúncio de Sua glória, acima de tudo edificar o Reino de Deus nas almas.
          Finalmente, a ressurreição não é algo que se deve esperar só no futuro, mas é realidade que experimentamos no presente, sempre que procuramos superar os sinais de morte, buscando viver uma vida mais santa, para alcançarmos nossa meta final que é o Céu.
Santa e feliz Páscoa
Autora: Eliana Dalva

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